Arquivo anual 27 de abril de 2015

Batz, a Shortfilm by Max Maleo & Aurelien Prédal

Maneiríssima esta animação, o estilo, a direção de arte. Espero que curtam.

Batz

Batz

Mario Barreto

Novo Estagiário na Imagina

Arthur Rodrigues

Arthur Rodrigues

Começou hoje na Imagina o Arthur Rodrigues. Estudante de Produção Fonográfica, Arthur chega na Imagina para aprender mais sobre um real ambiente de produção, ampliar seus conhecimentos e ajudar nas produções da produtora.

Diz ele: “Estou muito otimista com esta oportunidade de participar da Imagina. Sei que vou aprender muitas coisas novas, e crescer tanto profissional como pessoalmente. Não consigo imaginar um ambiente mais agradável e que inspire a vontade de trabalhar, produzir, participar e crescer. Fico muito animado com esta chance!”

É isso aí, sangue novo e disposto na área. A Imagina fica feliz em recebê-lo e vamos todos trabalhar para filmes cada vez melhores.

Procuramos Estagiários!

Estamos procurando jovens estagiários, que morem aqui perto, para jornadas de meio expediente na produtora. Para o atendimento e produção/animação/arte. Como repetimos há 15 anos, degrau de entrada: meio expediente, sem remuneração, por 3 meses. Perfeito para quem estuda em um período e pode aproveitar o outro para ter contato com o trabalho de uma produtora de filmes publicitários. Se morar perto, ainda melhor. Tem uma estação de BRT bem na porta da produtora. Quem se interessar, ou conhecer quem se interessaria, por favor mande email para imagina@imagina.com.br. Conhecer e desenvolver pessoas está no DNA da Imagina.

http://www.imagina.com.br/Imagina_Site/Contato.html

Imagina

Rio Content Market 2015

O Rio Content Market é um evento muito bacana. Pelo o que eu aprendi, sempre foi, eu é que não dava a devida atenção. Não sou o único, muita gente não dá. Ainda. Para tornar o meu arrependimento mais forte, sempre foi aqui no meu quintal, Barra da Tijuca, walking distance de casa.

Programação interessante, palestrantes de altíssimo nível, conforto, tudo em cima. Tanta programação e tanta coisa para ver que absolutamente todos passaram por um momento barata tonta nos corredores, com dificuldade para escolher em qual palestra ou evento participar.

Nakamura no RCM

Nakamura no RCM

Este ano fui empurrado com força para dentro do evento pelo meu amigo Mario Nakamura da Cinerama Brasilis, que participou como patrocinador, apoiador, colaborador, palestrante. O japonês, como sempre, ralou. Eu fui a quase todos os dias, faltei na sexta apenas, assisti várias palestras, encontrei muitos amigos que não via faz tempo, conheci pessoas que ainda me serão muito úteis, e sinto que fiz novos amigos. Do Ceará vieram duas grandes amigas e também produtoras, Rachel e Suzana. Uma pena a minha semana estar tão enrrolada, com a Karina em Brasília, senão eu teria aproveitado ainda mais. Deixei de ver coisas legais.

CE in Rio

CE in Rio

A Imagina tem que estar presente e no ano que vem iremos nos preparar muito melhor para aproveitar de forma mais completa o evento. A onda do conteúdo é muito forte, pega todo mundo. Mesmo sem me dedicar, olhando para trás vejo que quase 30% do que a Imagina produziu em 2014 pode ser considerado conteúdo para os clientes. E olhando para frente, já estamos com um projeto em andamento com própria Cinerama Brasilis, acabei de me inscrever em um Edital do PRODAV e estou desenvolvendo vários projetos na área de conteúdo.

Mas não é fácil. Desenvolver filmes, séries, programas, exigem tempo e o engrenamento de uma série de talentos. Para quem é de publicidade é um processo lento, muito menos rentável. Como as palestras desenvolveram, é também um processo sofisticado pois com o advento das transmídias, do já avassalador avanço dos computadores e da internet sobre o entretenimento, tudo tem que ser pensado para múltiplas telas e múltiplas interações, aumentando ainda mais o já longo cartel de talentos que tem que ser colocados para o trabalho conjunto.

Como o equipamento de captação e de finalização é hoje acessível para todos, a diferença entre os projetos de conteúdo tem que ser na idéia e na capacidade de produção, dito aqui no sentido de organizar os recursos para fazer tudo andar. Em criar novas maneiras para produzir, adequadas aos novos timings de produção e desenvolvimento.

Não bastassem as dezenas de canais digitais no cabo, que por lei tem que apresentar produção local em sua grade, as smartv’s e computadores estão também entrando nesta área, com canais exclusivos em diversos domínios, todos precisando de conteúdo. Sem falar no NetFlix, Hulu, AppleTV e outros, que também brigam para apresentar conteúdo e atrações para os mesmos consumidores.

Todo mundo oferecendo audiovisual ao mesmo tempo, de diversas maneiras e o homo sapiens tem suas limitações, só pode ver uma coisa de cada vez.

Concordo com o Steve Jobs quando ele explicou o porquê da Apple ir devagar com os projetos da Apple para a TV. Segundo ele, a cabeça das pessoas pode funcionar de duas maneiras ao consumir entretenimento, de modo passivo ou ativo. No modo passivo, a responsabilidade por entreter é dos executivos do canal escolhido. A pessoa senta, escolhe um estilo de entretenimento e o canal tem o trabalho e responsabilidade de resolver isso: “entretenha-me”. Já no modo ativo, na frente de um computador ou qualquer outro dispositivo em que se possa parar, continuar, gravar, ver depois, passar o link para outro, adiantar, repetir, enfim, que se possa controlar totalmente, a cabeça da pessoa não relaxa. Segundo Jobs, isso não é entretenimento, dá trabalho. Ou mudam as pessoas ou mudam as maneiras de oferecer este conteúdo para as pessoas.

Como se destacar, como proteger e finalmente como monetizar o resultado do seu trabalho, em um ambiente com milhares de canais e oportunidades para a dispersão. Mais um imenso desafio em que todos estão juntos. Os canais precisam de conteúdo, os produtores precisam de canais para veicular suas produções e tudo isso tem que girar com economicidade. Estamos em um momento no qual estão sendo estudadas todas as possibilidades para todos os desafios descritos acima, e isso faz borbulhar o Rio Content Market.

Sabemos que vai mudar, sabemos que precisaremos de conteúdo e então, vamos produzir!

Mario RCM

Mario RCM

Mário Barreto

O Fim da PDI :-(

E a Sonia Barbosa Reese acaba de me mandar este artigo (veja baixo), sobre o fim da PDI. E porque isso é importante para nós? Porque tivemos o gostinho de participar um pouco disso, porque a PDI era uma lembrança de uma era que ficou para trás, como recentemente ficou a R&H. Como láaaaaaaa atrás ficaram Bob Abel e até, a Globograph. Até então, nossa amiga e minha ex-chefa Lucia Modesto ainda estava trabalhando na PDI.
Para a galera mais nova entender, em uma época em que NADA existia para vender em CGI, software ou hardware, muito simplificadamente, o José Dias foi aos EUA e contratou “uns carinhas” para juntos desenvolverem um sistema capaz de fazer as imagens que tão bem combinavam com o design do Hans Donner. Incríveis imagens em computação em 3D, muito metal, muito brilho, muito a cara do design da TV, vanguarda mesmo. Os carinhas eram os fundadores da Pacific Data Images, o Carl Rosendahl, Richard Chuang e o Glenn Entis. O pioneirismo da TV Globo a fez ser o primeiro cliente da PDI, em um contrato que incluía a transferência de tecnologia e software. Eu mesmo, cheguei a meter a mão para trabalhar em arquivos e animações baseados em originais do Glenn Entis. Soninha e os outros mexeram muito mais. A então Globo Computação Gráfica era quase toda baseada nos softwares desenvolvidos pela PDI, rodando em DEC VAX 11-780 e em Ridge32’s. Junta tudo e dá muito menos do que um iPhone de hoje.
Ficavam as máquinas trancadas com senha em uma sala super refrigerada, ligadas em frame buffers DeAnza e Raster Tech (coisa de US$ 65K cada um lá), um ambiente futurista e de fato, estávamos todos nós trabalhando com o que de mais avançado e caro existia no mundo! Estávamos no topo do mundo, trabalhando com uma equipe sensacional e fazendo um trabalho fora de série. Ô saudade, ô tempo bom. E sem o Facebook para atrapalhar, tínhamos todo o tempo do mundo para nos dedicarmos ao estudo de CGI.
E a PDI durou tanto tempo porque o seu trabalho era excepcional, muito bom tecnicamente, comercialmente e artisticamente. A PDI não tinha pontos fracos e mesmo ela, que achávamos ser uma rocha, taí.. quebrou frente aos novos tempos. Daquele tempo, acredito que só tenha restado a Pixar, agora Disney.

O mundo mudou, a CGI também. Hoje se faz mais com muito menos. É possível dividir o trabalho, o conhecimento é muito espalhado e não é mais tão necessário ter tanta gente e tanto conhecimento concentrado em um só lugar. Tudo vai ficar bem, diferente, mas espero que bem.

http://www.eric3d.com/blog/pdi-1980-2015

Mário Barreto